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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

7 Provas em 5 fins de semana!




Após cinco desgastantes fins de semana, vem o descanso. Nos próximos 15 dias não há nada para ninguém. O corpo e a alma também precisam de descanso, para podermos encarar a próxima época com vontade e optimismo.


Então vamos lá a descrever o desgastante mês de Julho:




Dia 6-Julho, prova de BTT para a taça de Portugal em Porto de Mós.


Como não tive possibilidade de me deslocar ao local no dia antes e a viagem foi mais demorada que o previsto, não fiz o reconhecimento do precurso. Tinham-me dito que era um pouco técnico nalgumas partes, rolante e com uma grande subida. Está-se mesmo a ver que para os praticantes assíduos dizerem que era um pouco técnico, para mim seria para andar sempre com a bike pela mão. Só tinha uma preocupação, não caír de modo a que comprometesse a participação no Camp. Nacional de Aventura que se realizava oito dias depois. Ínicio da prova; partem todos que nem loucos, basta dizer que são veteranos B e C em conjunto e que os jovens de 40 anos andam mesmo muito. Vejo-me logo em último lugar a comer o pó de todo o pessoal.


Era uma parte rolante em que podia andar mais, mas não me meti na confusão. Vem depois uma parte técnica a subir e uma parte rolante com pedra solta que dificultava a aderência. Lá passei alguns companheiros. As minhas dificuldades vieram depois com as descidas muito técnicas em que eu para não arriscar fui fazendo a correr com a bicicleta pela mão. Isto repetiu-se 3 vezes, tantas quantas o nº de voltas. Por fim fui arriscando mais e quase conseguia fazer o precurso sem desmontar. Foi pena não ter ido na véspera fazer o reconhecimento. Diverti-me imenso, houve muita adrenalina, algumas quedas evitadas no limite e não fui o último. Valeu a pena e quero estar na próxima.


Mais informações: http://www.uvp-fpc.pt/


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12/13 Julho, Camp. Nac. de Aventura em Torres Vedras.


A aventura e a Ori-BTT foram as minhas apostas da época. Na Ori-BTT ganhei a taça, mas o campeonato correu-me mal. Na aventura, a minha equipa tinha possibilidades de ir ao 3º lugar na elite masculina e tinhamos a consciência que se a equipa estivesse no seu melhor tínhamos algumas possibilidades.


Tivemos alguns precalços para formar a equipa devido a lesões e a férias. Conseguiu-se reunir um conjunto voluntarioso, com capacidade de sofrimento, mas que não estava no seu melhor físicamente, mas lá fomos cheios de vontade.




O Pedro Silva, o Hugo Luz, eu próprio e o Américo Ferreira como nosso grande assistente.




Dia 12, sábado pelas 9:00 horas foi dada a partida para a primeira etapa, pedestre, que decorreu na cidade de T. Vedras e na zona rural circundante, cerca de 30 Kms. Tivemos uma boa prestação, concuímos em 1º lugar no escalão.


Fizemos uma transição rápida e partimos rara a 2ª que era em BTT, cerca de 50 Kms. Esta etapa não correu mal, mas podíamos ter visitado mais um CP, (ponto de controlo), com o mesmo esforço, mas não vimos um cp no mapa na sequência que levávamos.


3ª etapa, mais cerca de 20 Kms pedrestres com visita a grutas e escalada. Foi uma etapa que nos desgastou muito, mas que o grupo adorou. Visitámos todas as grutas e fizemos a escalada, tinhamos feito mais um CP, com opçaõ diversa, mas não nos tínhamos divertido tanto. Valeu a pena.


4ª etapa, canoagem de Mar e rio no Porto Novo. Era a nossa etapa. Estavamos a pensar fazer aí a diferença e recuperar alguns CPs. Partímos confiantes, mas a sorte não estava do nosso lado. Levantou-se um vento fortíssimo que impediu algumas equipas de entrarem no mar, o que levou a organização anular a etapa. Tivemos azar, porque para além de não contabilizarmos os CPs, ficámos com o desgaste acumulado.




Finalmente e para concluir a primeira jornada, partimos às 20:30h em BTT, com destino á Lourinha com cerca de 15 Cps para visitar, ao longo de 70 Kms e antes da meia noite e meia hora.


Tivemos uma prestação muito má e podemos dizer que comprometemos aqui as nossas aspirações. Andámos algumas vezes perdidos. encontrámos um caminho barrado, literalmente barrado, com cerca de 15 montes de entulho em que gastámos mais de uma hora para os ultrapassar, (bando de selvagens). Basta dizer que nas últimas duas horas de prova só visitámos 2 Cps, quando a média era de 15 minutos por CP.




Após um banho fresco e algumas horas bem dormidas, lá estávamos às sete da manhã de Domingo para mais uma jornada.


Tratava-se da 6º etapa, pedestre que nos levaria da Lourinhã até à aldeia do Pó.


Foi uma etapa que tivemos uma prestação aceitável apesar do desgaste acumulado, já a fazer-se sentir no grupo. Controlámos dentro do tempo, com o mesmo nº de CPs dos nossos principais concorrentes. Foi uma etapa divertida, com passagem por zonas de rara beleza. A equipa já acusava muito stress de esforço que se manifestava em momentos de crispação, que íamos tentando gerir.




7ª etapa, BTT com exercícios de cordas, que nos levaria ao Bombarral. Cerca de 30 Kms e "muitos" CPs para visitar. Era uma etapa bem delineada, bonita e com pontos de interesse. No entanto era muito extensa para o tempo disponível de realização, com a agravante das equipas que tentassem executar os exercícios com cordas ficarem penalizadas devido ao tempo gasto na sua execução. Foi o nosso caso. Fizemos menos 1/2 Cps na nossa opção.




Finalmente a 8ª etapa. Um score 100 dentro do Bombarral. Fomos a equipa mais rápida na execução de todos os pontos. A maior parte das equipas falharam e contabilizaram apenas 1 ou zero Cps, quando o máximo eram 2.




Conclusão: Apesar de saber a pouco este 3º lugar, (porque era possível mais), ficámos todos muito felizes por mais este lugar no pódium, pela 4ª vez nesta época e que culminou o 3º lugar na taça de Portugal de corridas de Aventura, escalão de elite masculina.


Mais informações: http://www.fpo.pt/


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Dia 20 Julho, Triatlo Olímpico de Aveiro.

Estava a encarar esta prova com alguma prudência: Por um lado, devido à distância, (1500 mts natação, 40 Kms bicicleta e 10 Kms pedestres), por outro, devido à competição que havia realizado apenas uma semana antes.

A prova tinha lugar às 10 horas da manhã, mas como o parque de transição encerrava às 8:40 devido á prova de promoção, a deslocação teve de realizar-se na vespera com a consequente estadia. Escusado será dizer que nestas situações as noites nunca são muito bem dormidas e temos sempre algumas alterações na alimentação. Mas tudo correu dentro da normalidade até ao momento da preparação do equipamento. Às oito da manhã lá pego no material, óculos de natação e os outros, touca, fato isotérmico apesar da água estar a 23/24 graus, (uso permitodo a partir dos 50 anos), capacete, ténis para a corrida, sapatos de ciclismo, bicicleta, etç. Trata-se de uma logística um pouco extensa e sofisticada para quem não está habituado e por vezes falha alguma coisa. Já ía a caminho da partida, após ter deixado o hotel e verifico que a roda da frente ainda aguentava um pouco mais de ar. Volto atrás, abro o carro, tiro a bomba de ar e inicio o enchimento do pneu... qual não é o meu espanto que este começa a perder ar. Fiquei com a cabeça perdida, para mais a minha roda não é standard como as demais, (roda de 28 polegadas), mas é roda 26 o que não permitia que usasse alguma empretada de outro companheiro que tivesse suplente. Bom, pensei em fazer a natação e depois abandonar, porque tinha feito várias tentatidas e ninguém dispunha de roda suplente á minha medida. Mas, como todos... têm sorte, após pedido via microfone, um senhor habitante local, (a quem eu agradeço), veio ter comigo a dizer que tinha em casa uma roda 26 da bicicleta da namorada, que era fraca, mas que se eu quisesse ma emprestava. Foi em boa hora.
A roda serviu, fiz uma prova aceitável e venci o escalão.
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Dia 26 Julho, Duatlo Mangualde, campeonato nacional de Age-groups.
A prova realizou-se na linda cidade de Mangualde, num percurso duro, física e técnicamente, ás 16:00 horas de duma tarde bem quentinha Sábado. Eu defendia o título de Campeão do meu grupo de idades e estava pouco confiante devido ao excesso de provas que vinha fazendo e porque tenho treinado pouca corrida, (o chassi já não aguenta muita carga!).
Início da prova e eu lá vou no meu ritmo. Sentia dificuldade em acelerar e os miúdos(as) todos me passavam. Ao concluir a primeira, volta senti um respirar ofegante muito perto de mim, mas como por norma não olho para trás olhei de lado e então oiço: Óh Fernando, sou eu o Raposo. Pensei logo: vou ter que sofrer... é que o meu amigo Raposo era o meu principal adversário para a prova. Mantive o ritmo e ainda tentei acelerar, mas sem resultados práticos. Pensei então - Olha vou na tua roda e não pucho um palmo! e se assim o pensei melhor o fiz. Colei-me à roda do Raposo e não via mais ninguém. Logo na primeira curva ouve um companheiro quer caíu e eu pensei logo isto está mau,... e eu tenho de por aqui passar 5 vezes. Era um circuíto de 5 voltas de ciclismo.
Aguentei o Raposo na Bicicleta, embora com alguma dificuldade e apercebi-me que ele se encontrava em melhores condições físicas de que eu. Mas fiz uma boa transição para a 2ª corrida e o Raposo ficou logo fora de combate, ou assim eu pensava... O percurso de corrida tinha 2,5 Kms, em circuíto com uma descida, duas subidas e o restante plano. Como não sentia ninguém nos meus pés e como o desgaste já pesava, aliviei na 1ª subida. Na parte final da 2ª subida e já a fazer contas á vitória porque não sentia passos, lá ía no meu ritmo, mas por descargo de consciência olhei para trás, qual não é o meu espanto que o amigo Raposo aproximava-se perigosamente e eu já não me sentia com forças nem vontade para mudar de ritmo. Ainda tentei forçar o andamento só quer ainda empolguei mais o meu amigo que corria para a vitória relagando-me para segundo plano. Foi divertido e o Raposo um justo vencedor, os meus parabéns. Para o próximo ano lá estamos outra vez.
Classificação: 2º lugar no escalão.
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Dia 27 Julho Triatlo sprint de Penacova.
Prova duríssima em termos físicos, ciclismo muito técnico, mas que gostei de ter realizado.
Passei mais de 60 competidores após a natação, que é o meu ponto fraco.
Posso elege-la como a prova mais dura de triatlo que realizei até hoje.
Classificação: 2º lugar no escalão.
Mais promenores oportunamente.
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Dia 2 Agosto, Triatlo sprint de Fafe.
Mais uma prova na senda das anteriores: Dura qb, com início às 16:00 horas de Sábado após uma longa viagem e um deficiente almoço. Local agradável, mas organização com algumas deficiências e dificuldades em controlar o trânsito dentro da cidade. Apesar da dureza deu-me algum prazer e a pretação desportiva foi boa. 1º lugar no escalão.
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Dia 3 de Agosto, Triatlo Sprint de Raiva, Campeonato Nac. Age-goups de triatlo.
Foi o culminar da dureza. Mais uma prova muito selectiva quer na corrida quer no ciclismo.
Esta já estava muito para além do que eu devia fazer, mas gostei do local, do convívio e do almoço... bem regado com verde da região.
Classificação: 4º no escalão.
Agora continuação de bom descanso e até Setembro para novas provas.