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terça-feira, 30 de junho de 2009

Ainda o CN de Aventura

Meus amigos boa tarde,
Pensei várias vezes se valeria a pena estar a maçar-me com estas questões. Se calhar nem vale a pena, mas para alguém que por aqui anda desde o nascimento das corridas de aventura em Portugal, de facto não fica muito bem sair de mansinho sem nada dizer, portanto cá vai:
Em primeiro lugar os meus parabéns aos vencedores dos vários escalões em disputa, foram de facto resistentes, caso contrário teriam feito como nós… peço desculpa por não vos aplaudir pessoalmente, mas esgotou-se a minha paciência.
Depois meus amigos, concordo com tudo o que até este momento foi dito e com tudo o que ficou por dizer. É que efectivamente foi demasiado mau e sendo assim, dificilmente alguém conseguirá enumerar todos os problemas, erros e omissões, que inclusive puseram em risco a nossa integridade física. Sinceramente que muitas vezes questiono para que serve o lista imensa de material obrigatório se ninguém procede a verificações… desde que a aventura passou para a esfera da FPO, não tenho ideia da última vez que alguém verificou o material. Eu sei que cada um deve ser responsável, mas …
As provas têm vindo a perder qualidade a cada uma que passa, não há o mínimo de respeito pelos participantes e o mais grave é que põem em risco a vida dos mesmos sem sequer pedirem desculpa. Só pensam e na tesouraria e que a Aventura é um desporto para ricos e de riscos e eu penso que nem uma coisa nem outra são verdades absolutas.
O preço das inscrições não é caro nem nunca foi se as organizações trabalharem e venderem um bom produto, mas ao assistirmos a organizações como as últimas que tivemos até de borla me parece caro. Por outro lado este desporto tal como todos os outros não sobrevive se pensar só nas elites, tem que se massificar, porque nestes momentos difíceis só resiste quem consegue vender.
Como referi, ando nestas coisas desde o início dos anos noventa do séc. passado. Desde 2000, só no nosso país, fiz 41 provas de aventura de dois dias, muitas outras de um dia, 2 Raids, provas de aventura para empresas e ainda algumas no estrangeiro, mas ainda não tinha participado numa prova com tantas deficiências e o mais grave da questão é que parece que estamos aqui todos a pregar aos peixinhos… ninguém nos houve, parece que ainda os culpados somos todos nós que pagámos, que tínhamos ideia de disputar um Campeonato Nacional e no fim de contas viemos todos contrariados, tanto os vencedores como os vencidos, uns descontentes com as adversidades outros com a sua falta de paciência.
Já assisti a muitas atrocidades feitas à modalidade, mas como esta ainda não tinha assistido. Parece-me que foi a machadada final. Gostava de estar enganado, mas depois dum lento definhar a que temos vindo a assistir sem ninguém fazer nada. Quando se passam de 50/60 equipas à uns anos atrás para pouco mais de 20 nos nossos dias. Quando se assistem a discussões se a modalidade deve estar fora ou dentro da FPO e depois, quando os últimos resistentes vão para o Minho com vontade de se divertirem na dispute de um CN e apanham disto pela frente, qual é a vontade de voltar…
Sugestões:
a) Apurar responsabilidades pelo sucedido no Gerês, (A região e os participantes merecem-no).
b) Mais rigor na selecção dos organizadores e prever penalizações para situações de incumprimento do caderno de encargos ou dos regulamentos e que no mínimo preveja a devolução do valor da inscrição aos participantes.
c) Promover uma discussão franca e aberta entre os interessados, durante o defeso, para que a próxima época inicie uma nova era, sem traumas do passado.
d) Talvez um escalão único para aumentar a competitividade, (não podemos esquecer que o desporto é competição embora muita gente pense o contrário e até com frutos no passado!)
Meus amigos, todos sabemos que a situação financeira de famílias está complicada, que toda a gente fala em crise e parte dom problema poderá ter origem nesses fenómenos, mas as crises também podem ser oportunidades, portanto que compete ter que ter nível, quem organiza tem que ter competência e quem paga tem o direito de exigir. Não nos podemos esquecer que a oferta a nível desportivo é enorme e que apesar da crise temos Federações que continuam a crescer e atrair praticantes.
Obrigado a todos por me terem aturado tanto tempo, peço desculpa aqueles, (colegas e adversários), que alguma vez se sentiram ofendidos por mim no calor da competição e até sempre.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Triatlo de Abrantes em dia Chuvoso.

Decorreu no 28 de Junho o triatlo de Abrantes a contar para a taça de Portugal. Grande participação apesar da chuva que qcompanhou toda a prova e dificultou a vida aos atletas.
Estamos em pleno verão, mas mais parece inverno. O dia começou com chuva, saí às 6 horas da manhã de casa na esperança que o tempo melhorasse ou mesmo que em Abrantes, que fica mais no interior, o Sol aparecesse para que tivéssemos uma boa jornada de Triatlo. Ah pois é que o triatlo em mesmo bom é com sol. Chegados a Abrantes o tempo estava cinzento, mas não chovia. Preparámos o material, fizemos o chek-in e entretanto eram 10 horas, hora de partir. Após ser dado o tiro de partida tudo o mais esquece! A chuva, o sol, o frio, o calor, nada se sente! A adrenalina da competição liberta-nos de tudo. Só pensamos em dar às pernas e aos braços para sair da àgua o mais rápido possível. Desta vez a natação correu-me bem, ou a distância estava mal medida ou eu nadei melhor! Saí da àgua com 15,19 o que é muito bom para mim, (o primeiro fez 8,4.. .). Na bicicleta, devido à chuva que começou a cair, comecei com alguma precaução. Não estava com vontade de cair. Passou o Catarino por mim, não colei apesar de ele ter participado de BTT, mas está muito forte. Depois veio o Nelson do Toledo e este sim, apesar dele estar muito forte, consegui acompanhá-lo, foi um grande companheiro que em nada beneficiou com a minha companhia porque nunca puxei. Ele bem pediu, mas como tentou várias vezes fugir eu tive medo de ficar se ne expusesse ao vento. Na descida atrasava-me ligeiramente, mas na subida ele não estava mais forte do que eu, portanto estava à vontade. Obrigado Nelson pela ajuda! A corrida a pé também foi excelente, comecei devagar, mas fui aumentando o ritmo e senti-me bem. Ultrapassei muita gente desde que saí da àgua até que cortei a meta, foram cerca de 85 os que me viram pelas costas. Confesso que é desconfortante saír da àgua nos últimos lugares, mas depois quando as coisas correm bem é gratificante sentir o apoio dos participantes que vão sendo ultrapassados e aos quais vamos falando durante a prova. Ganhei o escalão que era o segundo objectivo, o primeiro era não cair e divertir-me. Portanto dever cumprido nesta edição do Triatlo de Abrantes.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Triatlo de Abrantes

É já no próximo domingo que se realiza o triatlo de Abrantes, prova a contar para a taça de Portugal. No Sábado realiza-se um triatlo para jovens, os campeões do futuro.
Lá estarei para fazer o meu melhor e para me divertir um pouco.

terça-feira, 16 de junho de 2009

A MINHA ÚLTIMA AVENTURA

Esta foi a 2ª vez que abandonei uma prova de Aventura e a 1ª vez em que estive de acordo com o abandono, mas não imaginam a mágoa com que digo isto e o quanto nos custou este abandono. É que a palavra desistência causa-me grande desconforto e não faz parte da minha maneira de ser nem pensar! Mas meus amigos, as coisas que fazemos têm que ter algum sentido e esta prova, para nós, já não estava a fazer qualquer sentido. Fomos expostos a situações de risco como eu nunca vi nestes quase 20 anos que levo de provas de aventura.
A organização que tinha ingredientes de sobra para fazer uma excelente prova, não aproveitou as potencialidades e a beleza natural da região e deu mais uma machadada na modalidade.
O grau de incerteza estava a tornar-se incontrolável, começávamos a depender apenas da sorte, sem confiança nos sistemas de segurança que estavam implementados, (como é que se pode garantir segurança num rio, de noite, com açudes, árvores caídas e com caudal apreciável? Ou em serras, com pedra solta, regos enormes provocados pela chuva que tem sido muita?) Nós não vimos ninguém da organização, fora dos locais das chegadas/partidas de noite! A prova não foi minimamente testada, não houve actualização dos mapas nas opções mais prováveis e tudo isto estava a pôr em risco a integridade física dos participantes. Nós não sabíamos com aquilo que podíamos contar e estávamos numa prova de aventura, não numa prova de sorte ou azar. Basta dizer que os Kayak estavam ressequidos, sem pegas e a meter água, (muitas equipas abortaram a etapa). No percurso em linha de BTT, foi marcado um percurso sem caminho, que levou a quem nenhuma equipa controlasse o CP8?

Por tudo isto e mesmo sabendo que muito provavelmente estaríamos em 1º, resolvemos abandonar. Não foi pelo cansaço que as outras equipas não estavam melhor, (andavam ali perto de nós), não foi pelos vários contratempos na canoagem em que nos virámos e o Pedro não aparecia fora de água e quando saiu só perguntou – Feijão estás aí? Não largues a pagaia nem o barco. Não foi pela queda aparatosa que o Pedro deu quando puxou o Kayak e ficou com a pega na mão a 4 metros de profundidade, no meio do rio, de noite. Mas foi por tudo isto e porque a organização não merecia a nossa presença. Uma organização também tem responsabilidades, deve ter algum brio, (não digo profissional!), não pode ser só pensar nos euros que vão arrecadar no final dos eventos porque assim, acabam por ter prejuízo.

Meus amigos foi mau demais ter acabado assim!... Ao fim de 15 Challengers Trophy e dezenas de provas de aventura com os mais diversos companheiros, numa região tão bonita penso que merecia/merecíamos melhor despedida.

Um abraço a todos e dediquemo-nos a outros desportos porque a aventura em Portugal está a morrer, (estão a matá-la).

PS: Resta-me uma satisfação, é que o meu joelho portou-se bem.

Mais informações sobre o tema: http://forum.corridasdeaventura.pt

segunda-feira, 15 de junho de 2009

CN corridas de Aventura

Disputou-se no fim de semana de 13/14 de Junho, na linda região do Minho, o Campeonato Nacional de Corridas de Aventura. Para os que ainda não conhecem as vilas e cidades do Minho, não sabem o que estão a perder. Esta região deve fazer parte da próxima visita. Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Viana do Castelo, etc, etc, etc. para falar só dos centros de maior densidade populacional, porque as pequenas aldeias também são dignas de visita, ou revisita, porque vale sempre a pena.
Nesta época do ano a beleza é deslumbrante. O verde dos campos e das serras, o cantar das aves, as sombras e a frescura dos rios e praias fluviais. Depois, porque os acessos já são muito fáceis num fim de semana podemos apreciar muita coisa. Gostei: da limpeza e da arrumação das ruas, da oferta hoteleira e dos sabores ímpares, das festas e romarias. Tudo isto são apelos a que não podemos ficar indiferentes.

Foi neste cenário de infinitas potencialidades que se disputou o II CN de Aventura. Foram cerca de 25 equipas que aceitaram o desafio de uma organização nova nestas andanças, mas que prometia adrenalina, dureza e no fundo um fim de semana bem passado para os amantes da modalidade. A proposta era arrojada: 23 horas não Stop, divididas em 10 etapas e cerca de 200 Kms. A vencer de Btt, Kayak, a pé e ultrapassando muitos obstáculos naturais que se deparavam ao longo do percurso, nos rios, lagos, serras, montes e vales, (em que a região é fértil).
A participação da minha equipa fica para outro tópico, com mais calma e com outro distaciamento do calor da competição.

Prestação agradável em Oeiras.

Disputou-se no dia 10 de Junho, dia da raça, o já tradicional Triatlo de Oeiras. É uma prova sempre muito participada e este ano não fugiu à regra. Como é de fácil acesso, próxima dos grandes centos urbanos, percuso plano e pouco selectivo, leva a que muita gente se inicie na modalidade de triatlo em Oeiras.
É por isso uma prova que sempre gostei de disputar e já perdi a conta ao número de edições que concluí desde as primeiras realizações.
A prova tem vindo a sofrer várias alterações ao longo dos anos, devido à concentração urbana, (a que nos temos de adaptar), até aos interesses políticos e/ou económicos de quem organiza. Este ano mais uma alteração se verificou, levando toda a prova para a marginal. Com esta alteração a prova torna-se mais fácil, mais espetacular e provoca menor descontentamento nos residentes, que por vezes se sentem incomodados pelas alterações no trânsito e por outras limitações na circulação e mobilidade. Mas tem um senão, aumenta o factor de risco no ciclismo, porque este segmento é parcialmente realizado na mesma faixa de rodagem durante parte do percurso na marginal.

São muitos os desportitas que também gostam do triatlo do ambiente e a prova está nos cerca de 600 participantes que estiveram na praia da torre a participar nesta prova, portanto basta corrigir pequenos pormenores para termos uma prova perfeita.

A minha prova: A natação foi dura, (o que não é de estranhar!), o mar estava um pouco agitado, a primeira boia que tínhamos de contornar dava a sensação de se estar a afastar por causa da corrente e devido ao elevado número de participantes gerava-se alguma confusão junto de todas as boias. O ciclismo foi fácil, apanhei um grupo que não sendo muito numeroso andou-se em bom nível e ajudou-me a recuperar muitas posições sem grande desgaste. A corrida também foi de nível interessante e sem queixas da parte do joelho que foi operado. Primeiro lugar no escalão e mais uma prova inscrita no curriculum.

domingo, 7 de junho de 2009

Furo compromete prestação

No dia 6/6, decorreu em Peniche, a XXVI edição do Triatlo local. Trata-se da prova mais antiga realizada em Portugal e que todos os amantes da modalidade gostam de fazer. Também eu faço parte dessas centenas de pessoas que todos os anos ruman até esta cidade para se divertirem competindo. Faço-o à cerca de 20 anos. Este ano as coisas não me correram pelo melhor, a bicicleta teve um furo na entrada para a 3ª e última volta e tive de fazer os 7 Kms finais em rítmo muito lento para não correr o risco de cair e/ou danificar o material. Apesar de tudo acabei e gostei da prova. A água não estava muito fria, ao contrário de outras edições em que participei. Nadei razoávelmente pois concluí a natação em menos de 16 minutos, (o que para mim é muito bom), na bicicleta senti-me bem, apesar do precalço, (não me lembro de outra prova onde tenha furado), o segmento de corrida também foi bom, corri em menos de 20 minutos. Este ano até a organização esteve bem a todos os níveis, desde o policiamento, ausência de trânsito no local da prova, cumprimento dos horários e até o lanche de encerramento na cantina da C. Municipal esteve muito bom. Parabéns à organização e a todos os participantes. Encontramo-nos em Oeiras, também esta é uma prova de referência.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Triatlos, Aventura e Colaboração

Vamos ter um mês de Junho muito intenso. Depois de um longo descanso aceitei um novo desafio, colaborar com o Zé Luís na Loja de Bicicletas ZA5.com.pt, passem por lá.
Também como estamos em época competitiva do triatlo, vou fazer as provas de Peniche e de Oeiras. São duas provas tradicionais da modalidade e que gosto de fazer.
Por fim e para testar o meu joelho, operado em Novembro último, vou participar no CN de corridas de Aventura, no Escalão de Elite Masc. com os meus companheiros e amigos Manuel Rodrigues e Pedro Silva.
Como podem observar é um mês muito intenso, mas com calma tudo se faz!
Depois dou notícias.